Porque me tentas?
Porque não me tentas deixar?
Porque é que o fazes e ainda te queixas?
Porque não deixas de me tentar?

Sabendo que te amo e não o posso,
instalaste-te em definitivo na minha cabeça.
Posso tentar mentir e dizer que já não gosto,
mas colocaste os teus lábios no meu rosto,
e inevitavelmente,
deixo que tudo o resto nos aconteça...

Não há outra inclinação
senão voltar a onde pertenço.
Se antes houve e agora não
uma outra espécie de solução
seria ela uma inadequação
ao Presente e ao Contexto.

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